Casos graves de síndrome respiratória voltam a subir no Brasil

O número de casos graves de síndrome respiratória aguda voltou a subir no Brasil indicando a possibilidade de uma terceira vaga de infeções pelo novo coronavírus, informou hoje o Boletim Infogripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

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Lusa
21/05/2021 18:34 ‧ 21/05/2021 por Lusa

Mundo

Covid-19

O levantamento é uma espécie de termómetro da pandemia de covid-19, já que avalia a incidência de doenças respiratórias, que em casos graves exige hospitalização ou provoca até mesmo óbitos, que se devem atualmente, em grande parte, às infeções pelo coronavírus SARS-CoV-2.

No período de 9 a 15 de maio, o número de casos graves de síndrome respiratória aumentou em oito dos 27 estados do país: Amazonas, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná, Tocantins, Distrito Federal e Rio de Janeiro.

Observou-se indícios de interrupção da tendência de queda de casos de síndrome respiratória grave na Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe, e São Paulo.

Também foi verificada tendência de estabilização em Minas Gerais e Piauí, embora nesses dois estados os indícios não sejam tão claros quanto nos anteriores, segundo a Fiocruz.

"Diversos desses estados ainda estão com valores similares ou até mesmo superiores aos picos observados ao longo de 2020", ressalvou Marcelo Gomes, coordenador do Infogripe.

"Tais estimativas reforçam a importância da cautela em relação a medidas de flexibilização das recomendações de distanciamento para redução da transmissão de covid-19, enquanto a tendência de queda não tiver sido mantida por tempo suficiente para que o número de novos casos atinja valores significativamente baixos", acrescentou.

O Brasil registou 444.094 mortes por covid-19 e mais de 15,8 milhões de casos confirmados da doença.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.432.711 mortos no mundo, resultantes de mais de 165 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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