Min Aung Hlaing afirmou também que a líder deposta, Aung San Suu Kyi, "fez o que pôde" no Governo e confirmou que está de boa saúde a vencedora do Prémio Nobel da Paz, que deve comparecer na segunda-feira em tribunal.
O general, que tomou o poder no golpe de 01 de fevereiro, fez estas declarações na sua primeira entrevista com a Phoenix Television, um canal de televisão pró-governamental em Hong Kong.
A entrevista foi realizada na quinta-feira e ainda não foi transmitida, embora partes da mesma tenham sido publicadas nas redes sociais.
Em contraste com os 815 civis mortos na repressão militar, tal como estimado pelos ativistas pró-democracia, Min Aung Hlaing disse que o número de mortos é de 300 e que entre as forças de segurança registaram-se 45 óbitos desde o golpe.
Na semana passada, os meios de comunicação locais birmaneses noticiaram que a junta militar isentou Min Aung Hlaing e o seu 'número dois', Soe Win, de terem de se reformar aos 65 anos, pelo que, em teoria, podem permanecer no poder indefinidamente.
O chefe da junta, que faz 65 anos em julho, já atrasou a sua reforma quando devia fazer 60 anos, o limite para a maioria dos funcionários públicos.
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