O acidente ocorreu no domingo em Stresa, localidade do Piemonte, a 100 metros da estação do cume e ter-se-á dado devido a um cabo que se partiu, causando a queda da cabina, na qual se encontravam 15 pessoas.
Numa mensagem enviada ao bispo local, Francisco expressou as suas condolências às famílias das vítimas mortais pela "perda trágica" que ocorreu, segundo o pontífice, num momento em que os seus entes mais queridos estavam "imersos nas maravilhas da criação".
O único sobrevivente do acidente é um menino de 5 anos, de nacionalidade israelita, residente em Itália, que estava acompanhado, na altura da queda da cabina, pelos pais, pelo irmão mais novo e por dois bisavós.
O menor, identificado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita como Eitan Biran, encontra-se internado nos cuidados intensivos num hospital em Turim com várias fraturas no corpo.
Fontes hospitalares informaram que tencionavam acordar hoje a criança, que tem estado inconsciente sob o efeito de sedação depois de ter sido operada e de ter realizado uma ressonância magnética que não revelou danos cerebrais.
Afirmando estar a seguir o caso da criança "com preocupação", Francisco ofereceu as suas orações ao "pequeno Eitan".
Entretanto, um inquérito para apurar as circunstâncias que desencadearam a queda da cabina de teleférico foi aberto.
A procuradora de Verbania, responsável pelo processo, indicou hoje que a investigação está concentrada neste momento em perceber os motivos pelos quais o cabo de chumbo da cabina se partiu e o travão de emergência não funcionou.
"Os travões do sistema de segurança não funcionaram. Caso contrário, a cabina teria parado", afirmou a procuradora Olimpia Bossi, citada pelas agências internacionais.
"A razão pela qual isso aconteceu está naturalmente sob investigação", acrescentou.
O teleférico em questão liga em 20 minutos a localidade de Stesa, estação balnear nas margens do lago Maior, ao monte Mottarone, que culmina a quase 1.500 metros e oferece vistas espetaculares dos Alpes.
A estrutura esteve encerrada entre 2014 e 2016 para trabalhos de manutenção.
As margens do lago Maior, entre a Suíça e a Itália, são um destino popular para turistas nacionais e estrangeiros.
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