"Todas as empresas públicas ou participadas pelo Estado estão a ser visitadas. Desta vez foi a empresa Correios de Moçambique, tendo sido constatado que ela não está na categoria de estratégica e estruturante para o Governo", declarou o ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane, momentos após uma sessão do Conselho de Ministros em Maputo.
Os serviços prestados pelos Correios de Moçambique vão passar a ser feitos plenamente pelo setor privado, mas a conclusão do processo está prevista para o fim deste ano, sendo a empresa obrigada a continuar a operar até ao fim de 2021.
Só no último ano, os Correios de Moçambique acumularam 349 mil dólares (285 mil euros) de prejuízos, um resultado associado à eclosão da covid-19.
Mas antes mesmo da pandemia, a empresa atravessava um período mau, com as contas de 2019 a mostrarem que a companhia devia mais de 50 milhões de meticais (681 mil euros) a funcionários, na sequência da diminuição de clientes devido ao surgimento de novas empresas do ramo.
Além dos Correios de Moçambique, na sessão de hoje, o Governo moçambicano decidiu extinguir a Empresa Moçambicana de Exploração Mineira e vender as suas ações na DOMUS - Sociedade de Gestão Imobiliária, entidade responsável pela gestão de um dos maiores prédios da capital moçambicana.
"Para todas estas três empresas, o Instituto de Gestão das Participações do Estado está mandatado a implementar as fases subsequentes, que vão levar a liquidação das mesmas", acrescentou o ministro da Economia e Finanças.
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