Segundo a agência noticiosa jordana Petra, os processos relativos ao ex-chefe da Casa real Basem Awadallah e ao membro da família real Sharif Hassan bin Zaid foram remetidos ao tribunal militar, que os irá analisar.
Awadallah e bin Zaid são dois dos 18 detidos em 03 de abril, quando as autoridades jordanas descobriram um alegado plano para "minar a estabilidade e a segurança do país", em que estava envolvido o príncipe Hamzah (meio-irmão de Abdallah II e ex-herdeiro da coroa), que não chegou a ser detido nem acusado.
No final de abril, o procurador-geral de Segurança da Jordânia ordenou a libertação de 16 detidos, mas não incluiu os dois réus com laços à família real.
A libertação dos 16 detidos foi aprovada pelo monarca depois de vários líderes tribais do reino terem vindo em defesa deles, mas não foi autorizada a saída em liberdade dos dois acusados, que caíram em desgraça.
Pelo meio, o rei jordano reconciliou-se com o seu meio-irmão e encerrou a crise dentro da família real, depois de Hamzah prometer ser "leal" a Abdallah II, bem como aos valores da dinastia Hachemita.
Hamzah, filho mais velho do rei Hussein e da sua quarta e última mulher, a rainha Noor, foi nomeado príncipe herdeiro em 1999, mas, em 2004, Abdallah II substituiu-o pelo seu próprio filho.
No meio da crise, Hamzah criticou abertamente as políticas do monarca, assim como a corrupção e o nepotismo na Jordânia.
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