Pelo menos 13 civis mortos em ataque de milícia no nordeste da RDCongo

Pelo menos 13 civis foram hoje mortos depois de membros da milícia Cooperativa para o Desenvolvimento do Congo (Codeco), da República Democrática do Congo (RDCongo), terem invadido um campo mineiro no nordeste do país.

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© Getty Images

Lusa
02/06/2021 18:49 ‧ 02/06/2021 por Lusa

Mundo

RDCongo

Os perpetradores alcançaram a zona mineira de Exode, situada entre os territórios de Mombaça e Djugu, na província de Ituri, durante a manhã, quando mineiros artesanais já se encontravam a trabalhar.

"Os assaltantes vieram a Exode com a intenção de roubar minerais. De repente, começaram a disparar contra eles antes de saquearem o pequeno escritório destes jovens escavadores. Eles levaram os seus pertences", afirmou o presidente da sociedade civil da província de Ituri, Jean Bosco Lalo, à agência noticiosa Efe, por telefone.

Segundo o responsável, nove civis foram mortos no local, enquanto os corpos de outros quatro foram encontrados fora do acampamento mineiro.

"Nesta zona mineira não há presença do exército e muito menos da polícia, enquanto na maioria das zonas mineiras encontramos os nossos soldados que asseguram o trabalho destes mineiros artesanais", acrescentou Lalo.

Contactado também pela Efe, o porta-voz do exército na província de Ituri, tenente Jules Ngongo, disse ter conhecimento do incidente, mas não forneceu quaisquer outros detalhes.

O ataque de hoje surgiu depois de 57 civis terem sido mortos em 31 de maio por rebeldes ugandeses das Forças Democráticas Aliadas (ADF, em inglês), que invadiram duas aldeias no nordeste do país.

A Codeco é um grupo armado que opera no nordeste da RDCongo e é constituído por membros da comunidade lendu, um dos grupos étnicos da região.

O grupo, que nasceu como uma estrutura de apoio financeiro a agricultores lendu, foi transformando-se progressivamente numa milícia em confronto com a comunidade hema, um outro grupo étnico na região.

O nordeste da RDCongo está há anos mergulhado num conflito alimentado por dezenas de grupos rebeldes armados, nacionais e estrangeiros, apesar da presença do Exército congolês e das forças da missão da ONU no país, que conta com mais de 14.000 operacionais.

Leia Também: Mais de 500 mil pessoas sem água potável após erupção de vulcão

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