Putin anuncia conclusão da primeira linha do gasoduto Nord Stream 2

O Presidente russo, Vladimir Putin, anunciou hoje que foi concluída a primeira linha do gasoduto Nord Stream 2, através do qual a Rússia fornecerá gás natural à Alemanha, apesar da oposição dos EUA e de vários países europeus.

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Lusa
04/06/2021 15:08 ‧ 04/06/2021 por Lusa

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"É com alegria que informo que há duas horas e meia foi concluído com sucesso o assentamento dos tubos da primeira linha do gasoduto Nord Stream 2. Os trabalhos na segunda linha continuam", disse Putin, durante a sessão plenária do Fórum Económico Internacional em São Petersburgo.

O Presidente russo disse que apenas falta concluir a parte do gasoduto do lado alemão, realçando que a estação de compressão russa Slavianska está pronto para começara a bombear o combustível.

Após o anúncio de Putin, as ações da Gazprom, a empresa estatal russa de gás, atingiram o seu valor mais alto na Bolsa de Valores de Moscovo desde 2008.

O projeto é executado pela Gazprom e pelas empresas francesas Engie, as alemãs Uniper e Wintershall, a austríaca OMV e a anglo-holandesa Shell.

Na Europa, o gasoduto desperta preocupações em vários países, especialmente os países ocidentais, já que aumenta a dependência energética da União Europeia em relação à Rússia.

Os Estados Unidos têm tentado interromper o projeto, através de sanções, alegando que o gasoduto fortalece a Rússia, cria riscos para a Europa, ao torná-la dependente do gás russo, e ameaça a segurança energética da Ucrânia.

Ainda assim, o Governo dos EUA recentemente isentou o gasoduto e o seu diretor executivo, Matthias Warning, de sanções, num gesto de boa vontade em relação à Rússia, nas vésperas de uma cimeira entre o Presidente norte-americano, Joe Biden, e o seu homólogo russo, em Genebra, no dia 16.

Entretanto, Putin também anunciou que a Rússia, país que é um forte produtor de hidrocarbonetos, vai elaborar o seu plano de combate às alterações climáticas até ao início de outubro.

"Nos próximos 30 anos, o volume líquido de emissões de gases de efeito estufa deve ser inferior ao da Europa. (...) Pedi ao Governo que elabore um plano de ação para esse fim até 01 de outubro", disse Putin, no seu discurso em São Petersburgo.

A Rússia é um dos maiores poluidores do mundo, com a sua economia fortemente dependente da extração de petróleo e da indústria pesada, mas também tem sido vítima regular de desastre ecológicos, nomeadamente incêndios florestais de grande dimensão na Sibéria.

Putin já tinha estabelecido uma meta para obrigar as emissões líquidas russas a serem mais baixas do que as da União Europeia, até 2050.

Vladimir Putin, após anos de hesitação, ratificou o acordo climático de Paris em outubro de 2019.

Leia Também: Putin promulga lei que afasta oposição do processo eleitoral na Rússia

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