Num comunicado, citado pelo ONU News, o órgão de informação das Nações Unidas, o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) lembrou a necessidade de se respeitar o caráter humanitário dos locais de acolhimento dos deslocados.
"Muitos afetados foram forçados a fugir, por várias vezes, com medo de novos ataques e milhares de pessoas levavam apenas a roupa do corpo", relata.
Na mata, vários deslocados dormem a céu aberto apesar de a maioria ter sido recebida por famílias de acolhimento já com poucos recursos.
A insegurança levou outros a procurarem refúgio em igrejas superlotadas, o que limita a ação humanitária.
As atividades foram temporariamente suspensas nos centros de saúde e os funcionários tiveram que ser transferidos para Bunia, a capital provincial de Ituri, relata a ONU.
Na segunda-feira, pelo menos 57 pessoas foram assassinadas em aldeias perto das cidades de Boga e Tchabi, após ataques do grupo armado Forças Democráticas Aliadas (FDA) e sete crianças estão entre as vítimas.
O ACNUR realçou que as instalações de uma das entidades com trabalha em parceria foi saqueada e milhares de pessoas ficaram sem ajuda essencial. No terreno, equipes da agência da ONU avaliam as necessidades dos deslocados e da comunidade anfitriã.
O chefe humanitário da ONU na RDCongo, David McLachlan-Karr, condenou os ataques às violações do Direito Internacional Humanitário.
Os conflitos e a violência na província de Ituri já causaram 1,6 milhões de deslocados desde finais de 2017.
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