"Hoje às 06h20 locais (11h20 GMT) foi encontrado, após um trabalho incansável dos socorristas, o corpo de um terceiro mineiro dos sete que ficaram presos após a inundação da mina de Micará em Múzquiz", cita a agência de notícias espanhola.
O governo mexicano garantiu que o trabalho de salvamento em coordenação com o governo do estado de Coahuila, bem como com outras autoridades federais e locais" vai continuar.
O estado dos restantes mineiros apanhados pelo colapso da mina ainda é desconhecido.
As autoridades estão a estudar a hipótese de uma inundação ter causado uma rutura das paredes da mina, levando ao colapso do local onde os sete mineiros ficaram encurralados.
Para além do exército, a Proteção Civil e inspetores do Ministério do Trabalho estão a ajudar nos trabalhos de busca e salvamento, que consistem em remover a água, utilizando bombas para ter acesso à mina.
O colapso da mina de Múzquiz, que tinha sido objeto de queixas sobre as más condições de trabalho, é mais um episódio na trágica história da região mineira de Coahuila.
O acidente traz à memória o que aconteceu a 19 de fevereiro de 2006, na mina de Pasta de Conchos, também em Coahuila, onde 65 trabalhadores morreram num acidente, apenas dois corpos foram recuperados.
Desde então, houve mais de 100 mortes de mineiros na zona, segundo a organização Pasta de Conchos Family, que reúne os familiares das vítimas.
O grupo enviou uma carta a 23 de outubro de 2020 ao diretor da Comissão Federal de Eletricidade (CFE), uma empresa estatal, Manuel Bartlett, queixando-se das condições da mina de Micaran em Múzquiz, precisamente aquela que colapsou na sexta-feira.
No entanto, companhia pública de eletricidade distanciou-se sábado do que aconteceu, assegurando que a mina acidentada não fornece carvão à CFE e que, portanto, "era impossível que o seu diretor estivesse ciente da mina".
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