"A evolução é encorajadora", indicou a líder alemã, numa alusão à incidência e ao recuo consolidado de novos casos, mas a "experiência do Reino Unido obriga a manter a vigilância", acrescentou.
"Estamos a observar a evolução da variante Delta no Reino Unido. Devemos manter uma vigilância muito elevada para evitar a extensão destas variantes", referiu por sua vez Macron, ao recordar que o seu país mantém as máximas restrições aos viajantes do Reino Unido, à semelhança da Alemanha.
O facto de a reunião bilateral de hoje ter decorrido presencialmente "evidencia" a evolução positiva na Alemanha e em França, insistiu Merkel, assinalando que a visita do Presidente francês é a primeira no corrente ano de um dirigente estrangeiro ao seu país.
Merkel destacou os avanços na vacinação, recordou que 50% dos cidadãos alemães receberam pelo menos uma dose e indicou que, segundo os especialistas, apenas se garante uma proteção máxima com a processo finalizado, que agora apenas abrange 30% da população alemã.
As autoridades alemãs alertaram para a rápida expansão da variante Delta do covid-19 e pediram a "máxima prudência" aos cidadãos, especialmente nas viagens ao Reino Unido, e recordaram que apenas a vacinação completa garante proteção máxima.
"A evolução no reino Unido mostra que a primeira dose não basta face a esta variante, mais agressiva que as conhecidas até agora", advertiu hoje o ministro da Saúde, Jens Spahn.
"A variante Delta acata sobretudo os grupos de população não vacinados ou sem a vacinação completa", advertiu por sua vez o presidente do Instituto Robert Koch (RKI) de virologia, Lothar Wieler, numa referência aos mais jovens ou a quem recebeu apenas a primeira dose. O uso da máscara em espaços fechados e nos transportes públicos continua a ser recomendado pelas autoridades germânicas.
Segundo fontes sanitárias, o avanço desta variante é patente na Alemanha. Há uma semana, a sua percentagem no total de contágios era de 3,7%, enquanto agora de situa nos 6,2%.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.844.390 mortos no mundo, resultantes de mais de 177,3 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 17.061 pessoas dos 862.926 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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