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Regime bielorrusso está "assustado" e "começou a pensar emocionalmente"

Svetlana Tikhanovskaia considera que o regime de Lukashenko cometeu um "erro" ao desviar o avião da Ryanair e que "deixou de pensar estrategicamente". Avisa que a crise na Bielorrússia está a aprofundar-se.

Regime bielorrusso está "assustado" e "começou a pensar emocionalmente"
Notícias ao Minuto

12:20 - 23/06/21 por Fábio Nunes

Mundo Bielorrússia

Para Svetlana Tikhanovskaia, opositora do regime autoritário de Alexander Lukashenko na Bielorrússia, o desvio do avião da Ryanair no qual seguia o jornalista Roman Protasevich foi um erro de cálculo de um governo que está em pânico, e que contribuiu para galvanizar o Ocidente contra Lukashenko.

“O regime nunca tinha ultrapassado esta linha vermelha, de interferir na área europeia. Este sequestro tocou todos os líderes europeus porque os seus cidadãos estavam neste voo”, enfatizou Tikhanovskaia numa entrevista à Associated Press.

Esta segunda-feira, a União Europeia, os Estados Unidos, o Canadá e o Reino Unido anunciaram em conjunto a imposição de sanções a vários membros e organizações governamentais bielorrussas em resposta ao desvio do avião, que aconteceu no dia 23 de maio.

“O regime está tão assustado com a união dos bielorrussos, com a união da União Europeia, dos Estados Unidos relativamente a esta situação que deixou de pensar estrategicamente. Começou a pensar emocionalmente”, afiança a opositora, que foi candidata às eleições presidenciais de agosto do ano passado. Eleições que a União Europeia não reconhece como sendo legítimas.

Svetlana Tikhanovskaia adverte ainda que a Bielorrússia espera tempos difíceis e que a crise no país está a aprofundar-se. Esclarece que se as autoridades de Minsk se preocupassem com as pessoas “começariam a dialogar com os bielorrussos, libertariam os prisioneiros políticos, e resolveriam esta crise de uma forma civilizada”.

A opositora do regime traça um objetivo a médio prazo. “Imagino novas eleições este outono”, assinalou Tikhanovskaia.

Leia Também: Lukashenko acusa Alemanha de "ato nazi" pelas sanções económicas

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