ONU contra barreiras às vacinas para refugiados e requerentes de asilo

As Nações Unidas apelaram hoje aos países para removerem as barreiras de acesso às vacinas para os 82,4 milhões de refugiados e requerentes de asilo do mundo, como as identificações e o acesso à internet para marcações.

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Lusa
24/06/2021 16:02 ‧ 24/06/2021 por Lusa

Mundo

Covid-19

"Em todo o mundo temos visto um compromisso inabalável de não deixar os refugiados para trás nos planos de vacinação contra a covid-19", admitiu a chefe da secção de Saúde Pública da Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), Ann Burton, numa declaração.

Contudo, lamentou que, apesar destes esforços, "as barreiras à vacinação persistam", pelo que são necessários maiores compromissos por parte dos Estados para que se alcance uma real inclusão dos refugiados nas vacinas.

Entre os problemas mais frequentes que a ACNUR tem observado estão o elevado custo dos serviços de vacinação em alguns países, as barreiras linguísticas, a má informação ou a desinformação.

O objetivo do ACNUR e da COVAX, o programa da Organização Mundial de Saúde (OMS) de acesso global às vacinas, é assegurar que pelo menos 20% dos refugiados do mundo estejam imunizados até ao final de 2021.

A ACNUR saudou o facto 123 países terem incluído os refugiados nos seus esquemas de vacinação.

Portugal introduziu um sistema de registo especial para pessoas sem documentos, a Moldávia e a Sérvia deram prioridade às pessoas que vivem em centros de asilo, enquanto o Senegal e os Camarões permitiram que os refugiados se registassem em centros de saúde designados e em câmaras municipais próximas das suas comunidades.

"Para além do imperativo moral, é do nosso interesse coletivo. Enquanto a pandemia estiver algures fora de controlo, é uma ameaça para todos em todo o lado", concluiu Burton.

Leia Também: Venezuela: êxodo de população continua apesar da pandemia

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