No final dos trabalhos da Cimeira da União Europeia em Bruxelas, António Costa participou numa conferência de imprensa na qual fez um balanço dos seis meses da presidência portuguesa da União Europeia, que termina no próximo dia 30.
Apesar de ter falado principalmente sobre o trabalho que foi feito durante a presidência portuguesa – relativamente à pandemia, a abertura da União Europeia ao mundo, a Cimeira Social que decorreu no Porto e o esforço para mobilizar os cidadãos europeus – e o “caminho” que se abriu para esse trabalho ser prosseguido, o primeiro-ministro também fez uma declaração sobre os valores e direitos que os Estados-membros devem partilhar.
Uma afirmação que ressoou face à atualidade marcada pela polémica lei da Hungria que proíbe os direitos das pessoas LGBTQI.
“Esta união mais do que uma união aduaneira, mais do que um mercado interno, mais do que uma moeda única, é uma comunidade de valores, e só podemos estar nesta união querendo partilhar os mesmos valores, defendê-los, protegê-los e assegurar que todos os cidadãos podem exercer e devem ver protegidos os seus direitos”, frisou António Costa, sem entrar em pormenores.
A Cimeira da União Europeia ficou marcada de forma indelével pela polémica lei húngara, que criou mal estar entre Viktor Orbán e os líderes dos restantes Estados-membros e a liderança da União Europeia.
O primeiro-ministro português também abordou a questão da migração, tendo apontado que o acordo para a criação da agência do asilo pode estar próximo.
“É minha convicção que chegaremos a bom porto nas negociações para a criação da agência do asilo”, revelando que as negociações podem ser concluídas na próxima semana.
A Eslovénia é o país que vai suceder a Portugal na presidência da União Europeia no segundo semestre de 2021.
Leia Também: "Agradeço-lhe, António, por uma presidência incrivelmente bem sucedida"