"Infelizmente os indivíduos LGBTI+ [Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgénero, Intersexo e outros] em todo o mundo continuam a ser vítimas de violência, assédio e discriminação pelo simples facto de serem quem são", afirmaram os embaixadores do Reino Unido, dos Estados Unidos e do Canadá, num comunicado.
Os embaixadores da Islândia e da Austrália em Moscovo, bem como um diplomata da Nova Zelândia, também se juntaram à iniciativa.
Numa nota informativa, os seis representantes afirmaram que "as autoridades fecham muitas vezes os olhos ao discurso de ódio e aos crimes de ódio que ainda são comuns em muitos países".
Na rede social Twitter, a representação diplomática dos Estados Unidos na Rússia divulgou uma imagem do embaixador John Sullivan, recém-chegado (na quinta-feira) a Moscovo após dois meses de consultas em Washington devido a um clima de tensão entre as duas potências, a segurar uma bandeira arco-íris (símbolo associado à comunidade LGBT) antes desta ser hasteada na entrada da embaixada.
As embaixadas do Reino Unido e do Canadá também publicaram nas redes sociais imagens das bandeiras multicoloridas hasteadas nos respetivos edifícios.
Em junho de 2020, a embaixada norte-americana em Moscovo já tinha feito este gesto e, na altura, a ação foi encarada com escárnio por parte do Presidente russo, Vladimir Putin, que sugeriu que a bandeira arco-íris refletia a orientação sexual dos diplomatas dos Estados Unidos.
Na Rússia, a violência contra homossexuais é frequente e é alimentada pelas alas conservadoras e religiosas.
Em 2013, o país introduziu uma lei contra a "propaganda" homossexual, segundo a designação de Moscovo, junto de menores de idade.
A lei serviu de pretexto para proibir as marchas do orgulho gay e a exibição de bandeiras arco-íris.
Desde 2020, a Constituição russa também especifica que o casamento é uma união entre um homem e uma mulher, proibindo dessa forma o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
No passado dia 15 de junho, a Hungria, Estado-membro da União Europeia (UE), aprovou uma lei que visa proibir a "promoção" da homossexualidade junto de menores de 18 anos, medida que suscitou preocupação e duras críticas por parte dos defensores dos direitos humanos, mas também no seio do bloco europeu.
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