LGBTI+. Embaixadas ocidentais na Rússia exibem bandeira arco-íris

As embaixadas britânica, norte-americana e canadiana na Rússia, onde a homofobia é uma realidade, hastearam hoje uma bandeira arco-íris nos respetivos edifícios, de forma a assinalar o mês do orgulho LGBTI+, que decorre durante o mês de junho.

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© ALEXANDER NEMENOV/AFP via Getty Images

Lusa
25/06/2021 18:43 ‧ 25/06/2021 por Lusa

Mundo

LGBT

 

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"Infelizmente os indivíduos LGBTI+ [Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgénero, Intersexo e outros] em todo o mundo continuam a ser vítimas de violência, assédio e discriminação pelo simples facto de serem quem são", afirmaram os embaixadores do Reino Unido, dos Estados Unidos e do Canadá, num comunicado.

Os embaixadores da Islândia e da Austrália em Moscovo, bem como um diplomata da Nova Zelândia, também se juntaram à iniciativa.

Numa nota informativa, os seis representantes afirmaram que "as autoridades fecham muitas vezes os olhos ao discurso de ódio e aos crimes de ódio que ainda são comuns em muitos países".

Na rede social Twitter, a representação diplomática dos Estados Unidos na Rússia divulgou uma imagem do embaixador John Sullivan, recém-chegado (na quinta-feira) a Moscovo após dois meses de consultas em Washington devido a um clima de tensão entre as duas potências, a segurar uma bandeira arco-íris (símbolo associado à comunidade LGBT) antes desta ser hasteada na entrada da embaixada.

As embaixadas do Reino Unido e do Canadá também publicaram nas redes sociais imagens das bandeiras multicoloridas hasteadas nos respetivos edifícios.

Em junho de 2020, a embaixada norte-americana em Moscovo já tinha feito este gesto e, na altura, a ação foi encarada com escárnio por parte do Presidente russo, Vladimir Putin, que sugeriu que a bandeira arco-íris refletia a orientação sexual dos diplomatas dos Estados Unidos.

Na Rússia, a violência contra homossexuais é frequente e é alimentada pelas alas conservadoras e religiosas.

Em 2013, o país introduziu uma lei contra a "propaganda" homossexual, segundo a designação de Moscovo, junto de menores de idade.

A lei serviu de pretexto para proibir as marchas do orgulho gay e a exibição de bandeiras arco-íris.

Desde 2020, a Constituição russa também especifica que o casamento é uma união entre um homem e uma mulher, proibindo dessa forma o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

No passado dia 15 de junho, a Hungria, Estado-membro da União Europeia (UE), aprovou uma lei que visa proibir a "promoção" da homossexualidade junto de menores de 18 anos, medida que suscitou preocupação e duras críticas por parte dos defensores dos direitos humanos, mas também no seio do bloco europeu.

Leia Também: PAN quer ouvir Governo sobre posição face à carta sobre direitos LGBTQI

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