OS Estados Unidos anunciaram, no domingo, um ataque a milícias apoiadas pelo Irão no Iraque e na Síria, em resposta ao aumento de ataques de 'drones' [aparelhos aéreos não-tripulados] contra os seus interesses no Iraque.
Um "punhado de combatentes" morreu nas operações, segundo os paramilitares do Hachd al-Chaabi (Forças de Mobilização Popular).
"Já dissemos que não ficaríamos calados perante a presença das forças de ocupação norte-americanas que vão contra a nossa constituição e o voto dos deputados. Vingaremos o sangue dos nossos mártires", acrescentou a coligação, que reúne todas as forças pró-Irão no Iraque, em que algumas dessas fações agem por vezes fora da estrutura do Hachd.
Segundo os membros do Hachd, os ataques tiveram como alvo a área de Al-Qaim, na província de Al-Anbar, no oeste do Iraque, junto à fronteira com a Síria.
Quatro combatentes morreram, de acordo com uma das fações que faz parte do Hachd.
Por outro lado, a agência oficial de notícias síria SANA citou fontes locais não identificadas, que garantiram que uma criança morreu e três outros civis ficaram feridos nas áreas rurais de Al Bukamal, perto da fronteira com o Iraque.
Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, pelo menos cinco combatentes iraquianos pró-iranianos morreram e outros ficaram feridos.
O porta-voz do Pentágono, John Kirby, explicou em comunicado que, por ordem do Presidente, Joe Biden, as forças norte-americanas realizaram bombardeamentos "de precisão" de carácter defensivo contra instalações de grupos armados apoiados por Teerão.
Os ataques aéreos foram contra centros de armazenamento de armas e de operações, dois deles na Síria e um no Iraque.
Este é o segundo bombardeamento deste género realizado pelos EUA em território sírio contra alegadas posições de milícias pró-iranianas desde que Biden chegou ao poder.
No final de fevereiro, a aviação norte-americana bombardeou posições e um carregamento de armas de milícias iraquianas apoiadas pelas Forças de Mobilização Popular e pelo Kataib Hezbollah, no primeiro ataque desde a chegada de Biden à Casa Branca.
Os interesses norte-americanos no Iraque têm sido alvo de repetidos ataques nos últimos meses.
Os EUA acusam sistematicamente fações pró-Irão, principalmente as Forças de Mobilização Popular, de serem responsáveis.
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