"Foram detidos 38 albaneses, incluindo um procurador, um funcionário público, três responsáveis da polícia e dois polícias", refere o Gabinete do Procurador para a Luta contra a Corrupção e o Crime Organizado (SPAK, na sigla em inglês), em comunicado divulgado na capital albanesa de Tirana.
Segundo o SPAK, a investigação "foi realizada em estreita cooperação com a Direção de Investigação Anti-Máfia (DIA, na sigla em italiano) de Itália e a polícia albanesa".
O SPAK informou que os detidos estão acusados de "tráfico de droga, corrupção, abuso de poder e lavagem de dinheiro".
Entre os detidos encontram-se dois antigos guarda-costas de um ex-ministro do Interior albanês, de acordo com o comunicado do gabinete.
A investigação estava a acompanhar as atividades criminosas de quatro poderosos grupos na Albânia, que em colaboração com organizações criminosas italianas, despacharam, entre 2014 e 2017, grandes quantidades de drogas para a Europa.
Os suspeitos operaram na Albânia, Itália, Espanha e Montenegro.
A polícia destes países apreendeu, desde 2016, cerca de seis toneladas de canábis, cocaína e outras drogas num valor estimado de 55 milhões de euros.
As autoridades confiscaram também milhões de euros de bens dos suspeitos, incluindo apartamentos, terrenos, restaurantes e empresas.
O embaixador da União Europeia em Tirana, Luigi Soreca, felicitou os resultados da operação policial, que contou com o apoio da agência Eurojust.
"Trinta e oito pessoas presas e bens no valor de milhões de euros apreendidos. A luta contra o crime organizado e o branqueamento de capitais aproxima a Albânia da UE", escreveu Soreca, na rede social Twitter.
A Albânia tem sido a principal fonte de canábis exportada para a União Europeia durante os últimos anos, mas várias ações do Governo albanês causaram uma redução significativa de plantações e de redes de tráfico.