"Prevemos que esteja concluída no fim de agosto", disse a porta-voz, quando o processo de retirada acaba de encerrar uma etapa importante, com a partida dos militares dos Estados Unidos e da NATO da base aérea de Bagram, a maior do Afeganistão.
O fim da retirada vai, assim, acontecer antes da data fixada, 11 de setembro, sem, contudo, ser tão rápida como apontavam alguns, na data simbólica do feriado nacional norte-americano de 04 de Julho.
Os talibãs congratularam-se com a partida das tropas estrangeiras das instalações de Bagram, situadas 50 quilómetros a norte de Cabul e que foram o centro das operações norte-americanas ao longo da guerra desencadeada em 2001.
Foi a partir daquela base que foram efetuados os ataques aéreos contra os talibãs e seus aliados da Al-Qaida e que se organizou o reabastecimento dos soldados.
"O aeródromo de Bagram foi oficialmente entregue ao Ministério da Defesa. As forças norte-americanas e da coligação retiraram-se totalmente da base, e agora as forças afegãs vão protegê-la e utilizá-la para combater o terrorismo", escreveu na rede social Twitter o porta-voz adjunto do Ministério da Defesa afegão, Fawad Aman.
Por seu lado, os talibãs multiplicaram as suas ofensivas desde o início da retirada norte-americana, em maio, apoderando-se de dezenas de distritos rurais, enquanto as forças de segurança afegãs consolidavam as suas posições nas grandes cidades.
A capacidade do exército afegão para conservar o controlo do aeródromo de Bagram poderá ser uma das chaves para preservar a segurança nos arredores de Cabul e para manter a pressão sobre os rebeldes.
A esse propósito, o Presidente norte-americano, Joe Biden, sublinhou hoje que o Governo afegão deverá agora "ser ele mesmo capaz" de proteger em particular a capital.
Segundo informações veiculadas pela imprensa, o Pentágono manterá, no entanto, cerca de 600 soldados no Afeganistão para guardar a grande embaixada dos Estados Unidos em Cabul.
"Nós continuaremos a fornecer sistemas de segurança, assistência humanitária e a ser parceiros do Governo do Afeganistão nos próximos meses", precisou Jen Psaki.
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