Quase todas as restrições impostas para combater a pandemia em Inglaterra - incluindo o limite sobre o número de pessoas que se podem juntar, o uso obrigatório de máscara ou o distanciamento social em pubs e bares - deverão ser levantadas até 19 de julho.
O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, em conferência de imprensa, na tarde desta segunda-feira, em Downing Street.
Estas regras serão aplicadas em Inglaterra, já que Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte têm autonomia para desenvolver os seus próprios planos de desconfinamento.
Em vez de decretos ministeriais para a gestão da pandemia, a ideia será apelar ao julgamento pessoal sobre os riscos de infeção - com o primeiro-ministro a desejar que os britânicos convivam com o vírus de outra forma.
"Temos de contrabalançar os riscos da doença, que as vacinas reduziram, mas que não eliminaram, e os riscos de manter as restrições impostas por lei que inevitavelmente terão impacto na vida das pessoas, trabalhos e saúde e saúde mental", justificou.
No entanto, apesar da remoção iminente de vastas medidas contra a Covid-19, Boris Johnson exortou as pessoas a não pensarem que é "o fim da Covid". "Ainda há muito caminho a percorrer para lidar com este vírus", disse.
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— Boris Johnson (@BorisJohnson) July 5, 2021
Segundo a Sky News, caso esta etapa de desconfinamento prossiga - a decisão vai ser tomada para a semana, após rever todos os dados:
- Não há limite de ajuntamentos;
- Distanciamento social deixa de existir em praticamente todos os ambientes, exceto aeroportos;
- Todos os negócios, incluindo bares e discotecas, podem para reabrir;
- Não há limitação de público em eventos de grande dimensão, como jogos de futebol ou espetáculos;
- O uso de máscara deixa de ser obrigatório em lojas ou transportes públicos;
- Teletrabalho deixa de ser obrigatório;
- Deixa de existir limitação de visitas em lares de idosos;
O governo também optou por não impor o uso de certificado Covid para que as pessoas demonstrem a vacinação ou teste ao frequentarem pubs, bares e restaurantes ou outros locais.
Apesar de o número de casos de Covid-19 continuar a aumentar no país, Johnson disse que a maioria das pessoas hospitalizadas não estava vacinada e que o número de mortes continua reduzido.
Entretanto, a vacinação vai ser acelerada, reduzindo o intervalo entre primeira e segunda toma de 12 para oito semanas e preparando um reforço no outono para os maiores de 50 anos.
Boris Johnson confirmou também que as pessoas com vacinação completa deverão ser isentas de quarentena na chegada de países da "lista amarela", como é o caso de Portugal, mas os detalhes só serão conhecidos no final da semana.
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