"Este grupo vai ser integrado na polícia e, sobretudo, na Unidade de Proteção de Altas Individualidades. Este grupo irá proteger as lideranças da Renamo assim como o seu património", afirmou Majibire, em declarações aos jornalistas na Beira.
Aquele dirigente falava à margem de uma reunião da Liga Feminina da Renamo, que decorre na cidade da Beira, capital da província de Sofala, centro de Moçambique.
Os antigos guerrilheiros já se encontram na capital moçambicana, Maputo, desde a semana passada, para receberem formação, acrescentou.
Depois da formação, os antigos guerrilheiros vão integrar a Unidade de Proteção de Altas Individualidades (UPAI), uma entidade da Polícia da República de Moçambique (PRM), mas serão colocados ao serviço da proteção da liderança e do património da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), explicou aquele dirigente político.
André Majibire afirmou que os futuros membros da segurança dos dirigentes do principal partido da oposição foram selecionados entre os antigos guerrilheiros abrangidos pelo processo, ainda em curso, de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR).
Na semana passada, o principal partido da oposição acusou o Governo de atrasar a integração do referido grupo na PRM, recordando que a operação faz parte de uma das cláusulas do Acordo de Paz e Reconciliação Nacional assinado em agosto de 2019.
No âmbito do DDR, 2.307 ex-combatentes da Renamo já foram para casa, de uma meta de cerca de cinco mil antigos guerrilheiros.
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