"Desde a tarde de ontem, a situação nas duas províncias de Gauteng e KwaZulu-Natal está a regressar à normalidade gradualmente", referiu, em conferência de imprensa, a ministra na presidência Khumbudzo Ntshavheni.
Na área urbana de Joanesburgo, as autoridades sul-africanas contabilizaram mais seis mortes, elevando para 32 o número total de vítimas na província, e foram detidas mais 137 pessoas, o que totaliza 862 detenções em Gauteng, avançou.
Na província do Kwazulu-Natal (Leste), onde eclodiram as ações de violência, foram registados 1.488 incidentes durante a noite, havendo mais 69 mortes, totalizando 180 o número de vítimas mortais, disse a ministra Khumbudzo Ntshavheni.
O número total de detenções no KwaZulu-Natal ascende a 1.692, revelou.
A ministra explicou que o Governo destacou também militares para outras províncias do país, por não querer "que as pessoas que estão a instigar a violência se aproveitem das outras províncias", sem avançar mais detalhes.
Na quinta-feira, a Presidência sul-africana anunciou que o número de vítimas mortais dos distúrbios violentos, saques e pilhagens em várias províncias do país, nomeadamente em KwaZulu-Natal e Gauteng, tinha feito pelo menos 117 mortos e mais de 2.200 detenções pelas forças de segurança sul-africanas.
A ministra sul-africana anunciou que o Presidente Cyril Ramaphosa irá falar ao país na noite de hoje.
O Presidente sul-africano considerou hoje, à chegada à província do KwaZulu-Natal, que as ações de violência, saques e intimidação que causaram mais de duas centenas de mortos foram "instigadas, planeadas e coordenadas".
O ex-presidente Jacob Zuma, de 79 anos, ex-presidente do ANC, está preso desde 07 de julho no Centro Correcional de Estcourt, a cerca de 150 quilómetros da sua residência, em Nkandla, área rural do KwaZulu-Natal, por desrespeito ao Tribunal Constitucional.
Estima-se que vivam cerca de 450.000 portugueses e lusodescendentes na África do Sul, dos quais pelo menos 200 mil em Joanesburgo e Gauteng, e 20.000 no KwaZulu-Natal, mas segundo um conselheiro da diáspora madeirense no país não há cidadãos nacionais entre as vítimas.
Cerca de uma centena de negócios de seis grandes empresários portugueses, incluindo filhos de madeirenses, no setor alimentar e de bebidas, foram saqueados e vandalizados.
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