Segundo noticia a agência EFE, o programa de vacinação arrancou esta manhã no centro têxtil de Gazipur, perto da capital do Bangladesh, onde as autoridades esperam vacinar 10.000 trabalhadores daquele setor ao longo do dia.
"O programa de vacinação dos trabalhadores da indústria começou hoje. O Governo da República Popular do Bangladesh vai garantir a vacinação de todos os trabalhadores e pessoal" da indústria têxtil, disse à EFE o chefe da administração de Gazipur, Tarikul Islam.
Por sua vez, a Associação de Fabricantes e Exportadores de Vestuário de Bangladesh (BGMEA) congratulou-se com a iniciativa do Governo.
"Falámos com o ministro da Saúde para dar prioridade aos trabalhadores [têxteis], como pessoas da linha de frente. A vacinação é melhor do que o confinamento. É uma boa iniciativa, que saudamos", disse o vice-presidente da BGMEA à EFE, Shahidullah Azim.
A mesma fonte acrescentou que "todos os trabalhadores vão receber [a vacina] por fases", estimando que o número ronde os quatro milhões.
"A duração do programa vai depender da disponibilidade da vacina", acrescentou.
O membro do Comité de Saúde da BGMEA, Hanifur Rahman Lotus, especificou que todos os trabalhadores com mais de 18 anos podem aceder à nova fase da vacinação contra a covid-19.
O setor têxtil contribuiu com 81,16% das exportações do Bangladesh, que foram de 38,7 mil milhões de dólares (cerca de 32,7 mil milhões de euros) no ano fiscal de 2020-2021, encerrado em junho passado.
Apesar da pandemia, a indústria conseguiu aumentar as exportações em 12,55%, em relação ao ano fiscal anterior, de acordo com dados do Departamento de Promoção de Exportações do Bangladesh.
O país permitiu que todas as unidades industriais, incluindo fábricas de têxteis, permanecessem abertas durante o confinamento decretado em 28 de junho, para manter a economia ativa.
O país registou mais de 17.000 mortes por covid-19 e pouco mais de um milhão de casos desde o início da pandemia, em março de 2020.
Mais de 15% das mortes e infeções ocorreram nas últimas duas semanas, quando o país registou uma média de 10.000 casos por dia, os piores números da pandemia até ao momento no Bangladesh.
As autoridades do Bangladesh aliviaram o confinamento até ao dia 22 de julho, para as celebrações do feriado muçulmano Eid-ul-Adha, também conhecido como o "festival do sacrifício".
No entanto, o Governo já garantiu que vai aplicar restrições mais severas após o final daquela celebração.
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