O porta-voz do comando da polícia em Cabo Delgado, cuja capital é Pemba, Ernesto Madungue, disse hoje à comunicação social que os militares constituem "a maioria" das 28 detenções realizadas na noite de sexta-feira na cidade, no âmbito da "Operação Máscara", que está a ser executada em todo o país para a aplicação das medidas de prevenção de covid-19.
"Infelizmente, tivemos essa situação, parte dos membros das Forças de Defesa e Segurança [detidos] foram encontrados a agir fora daquilo que são as normas" de prevenção do novo coronavírus, adiantou Madungue.
Sem avançar números, o porta-voz da polícia em Cabo Delgado assinalou que a maioria dos membros das Forças Armadas detidos estava armada com pistolas, tendo sido apreendidas.
"Queremos apelar a todos os cidadãos e, em particular, membros das Forças de Defesa e Segurança, para que sejam um exemplo e eduquem os demais a cumprirem as normas, porque partimos do princípio de que têm o domínio e o conhecimento da lei", acrescentou.
Moçambique está em plena terceira vaga da pandemia de convid-19 e contabiliza 1.232 mortes e 107.309 casos, dos quais 76% recuperados e 487 estão internados.
Devido ao aumento de casos da pandemia, o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, agravou as limitações ao comércio e circulação de pessoas, baixado das 22:00 (21:00 em Lisboa) para 21:00 o início do recolher obrigatório.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 4.139.040 mortos em todo o mundo, entre mais de 192,5 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil e Peru.
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