Numa declaração citada pela agência France-Presse (AFP), o parlamento afirmou que recebeu "correspondência do Presidente, Cyril Ramaphosa, informando que tinha autorizado a utilização de 1.495 membros" das forças de defesa sul-africanas para apoiar Moçambique na sua "luta contra atos de terrorismo e extremistas violentos".
O destacamento destas forças sul-africanas, previsto de 15 de julho a 15 de outubro, segue-se ao anúncio, em junho, pela Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), de enviar tropas para Moçambique.
Em Cabo Delgado, província junto à fronteira com a Tanzânia, já se encontra um contingente de mil militares e polícias do Ruanda para a luta contra os grupos armados, no quadro de um acordo bilateral entre o Governo moçambicano e as autoridades de Kigali.
Também o Botsuana anunciou que enviará um contingente de 300 militares.
Não é publicamente conhecido o número de militares que a organização vai enviar a Moçambique, mas peritos da SADC que estiveram em Cabo Delgado já tinham avançado em abril que a missão deve ser composta por cerca de três mil soldados.
Grupos armados aterrorizam a província de Cabo Delgado desde 2017, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo Estado Islâmico.
Há mais de 3.100 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED, e mais de 817 mil deslocados, segundo as autoridades moçambicanas.
Leia Também: Moçambique recebeu 1,7 milhões de vacinas desde março