Com as chamas a avançarem de forma incessante, as autoridades recomendaram aos habitantes de Rovies e das aldeias vizinhas que abandonassem as suas casas e se reunissem na praia.
De acordo com a agência de notícias AFP, citando os bombeiros, as enormes chamas a emergir na floresta, visíveis do mar, tornam a situação incontrolável, devido ao terreno acidentado e à falta de visibilidade.
Enquanto 12 vilas e aldeias ameaçadas pelo fogo foram evacuadas, três monges recusaram-se inicialmente a abandonar o mosteiro de São David, localizado no topo de uma montanha perto de Rovies, norte da ilha, tendo acabado depois por ceder, segundo agência noticiosa grega ANA.
Três bombeiros ficaram feridos ligeiramente, acrescentaram as autoridades gregas.
Auxiliados por sete helicópteros e bombardeiros de água, 100 bombeiros foram mobilizados para combater o fogo, cuja frente foi estimada em cerca de 20 quilómetros.
Os autarcas das duas localidades denunciaram a falta de recurso.
"Instámos às autoridades a fortalecerem os meios aéreos e terrestres para não colocar em risco as vidas humanas", disse o presidente da Câmara de Limni, Giorgos Tsapourniotis, à ANA.
Já o vice-presidente da Câmara de Mantoudiou referiu, em declarações à televisão grega Skai TV, que pelo menos 150 casas ficaram incineradas.
Sob o efeito de uma onda de calor excecional, com temperaturas superiores a 40 graus, a Grécia teve de enfrentar 118 incêndios nas últimas 24 horas, segundo o ministro-adjunto da Proteção Civil, Nikos Hardalias.
"Estamos a travar uma batalha titânica. A parte mais difícil ainda está por vir", alertou Nikos Hardalias.
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