Fontes dos serviços de informações russos fizeram esta acusação depois de Sandu ter pedido o lançamento de uma operação militar para assumir o controlo da Transnístria e a criação de um plano para retirar o contingente de paz russo destacado na área.
"Muitos interrogam-se até que ponto o povo da Moldova irá tolerar as experiências da romena Sandu, muitos dos quais se recordam dos combates de 1992 ou estiveram envolvidos neles", afirmou o Serviço de Informações em declarações à imprensa russa.
As autoridades ucranianas recusaram prolongar o fluxo de gás a partir de janeiro, o que poderá deixar uma importante central termoelétrica em Cuciurgan sem combustível.
Os serviços de informações russos garantem que Sandu "evita discutir esta questão" com Kiev, apesar da sua importância.
Contudo, as autoridades da Moldova já desmentiram qualquer plano para realizar uma operação militar para assumir o controlo da Transnístria.
"As alegações de que as autoridades moldavas estão a preparar ações militares na região da Transnístria constituem uma desinformação grave e perigosa que visa semear o pânico e a desconfiança", afirmou Adrian Balutel, chefe do gabinete presidencial.
Balutel insiste que a presidente da Moldova "continua firmemente empenhada na solução pacífica do conflito, sublinhando, no entanto, que a retirada "completa e incondicional" das forças russas na região é uma condição fundamental para resolver esta questão.
Os resultados das eleições presidenciais de outubro na Moldova e o referendo sobre a reforma constitucional com que o Governo procurou proteger o caminho para a adesão à União Europeia (UE) acentuaram as divisões num país sob crescente influência da Rússia.
A Moldova - que tem apenas 2,5 milhões de habitantes e uma região separatista pró-Rússia - registou altos e baixos nas suas relações com Moscovo, em numerosas ocasiões, desde a Guerra Fria.
Embora a política moldava se tenha orientado para os países ocidentais desde que a atual presidente chegou ao poder, em 2020, a Rússia continua a manter mais de mil soldados na Transnístria e tenta manter a sua influência na área.
A região tem sido utilizada pela Rússia para exercer pressão sobre o Governo da Moldova, especialmente durante os últimos dois anos, aproveitando o facto de muitos moldavos continuarem a ver Moscovo de forma favorável.
Leia Também: Tribunal Constitucional da Moldova confirma resultados das eleições