Alunos do básico têm de voltar a Macau 14 dias antes do início das aulas
Alunos, professores e funcionários do ensino não superior de Macau que vivam em Zhuhai ou Zhongshan tem que regressar ao território 14 dias antes do início das aulas, em setembro, anunciaram hoje as autoridades.
© Reuters
Mundo Covid-19
A medida anunciada na conferência de imprensa diária do Centro de Coordenação de Contingência no Novo Tipo de Coronavírus prende-se com os quatro casos da variante delta do SARS-CoV-2, identificados em 03 de agosto, dois dos quais, os pais da família, detetados pelas autoridades de Zhuhai, cidade chinesa adjacente a Macau, na província de Guangdong, tal como Zhongshan.
"Temos muitos alunos, professores e funcionários que passam pelas fronteiras de Macau todos os dias", vindos de Zhuhai, Zhongshan e outras localidades, afirmou o subdiretor dos Serviços de Educação e Desenvolvimento da Juventude.
Para quem regressar, depois de 06 de agosto, de locais fora da província de Guangdong, no sudeste da China, deve fazer um teste à covid-19 cinco dias antes do início das aulas e apresentar o código de saúde digital com resultado negativo, indicou Kong Chi Meng.
O ensino superior deve começar com aulas 'online', mas as medidas serão idênticas, caso passem a ser presenciais, acrescentou.
As autoridades vão também lançar uma campanha de apelo à vacinação nas escolas, sobretudo para o grupo etário dos 12 aos 17 anos.
Em 03 de agosto, a identificação de quatro casos da variante delta do novo coronavírus levou o Governo a alertar que o território estava "em risco de sofrer um surto" comunitário, desencadeando uma série de restrições em Macau, com o encerramento de espaços públicos e a suspensão ou cancelamento de atividades que levassem à aglomeração de pessoas, além de a realização de uma operação de testagem maciça da população.
Com mais de 710 mil testes negativos, as autoridades descartaram a realização de um segundo teste à população, a menos que sejam detetadas infeções entre as pessoas em quarentena.
A campanha de vacinação, voluntária e com a possibilidade de escolha entre duas vacinas, a Sinopharm e a BioNTech/Pfizer, arrancou em fevereiro.
Até agora, apenas 247.683 pessoas receberam as duas doses que completam o processo de vacinação contra a covid-19.
Com mais de 680 mil habitantes, Macau registou, desde o início da pandemia, 63 casos, dos quais 58 importados e cinco relacionados com casos importados.
A covid-19 provocou pelo menos 4.333.013 mortes em todo o mundo, entre mais de 205,3 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 17.525 pessoas e foram registados 995.949 casos de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.
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