Autoridades da Guiné-Conacri identificam 58 contactos de caso de Ébola
As autoridades da Guiné-Conacri anunciaram hoje que identificaram 58 casos de contacto da jovem guineense detetada com o vírus do Ébola na capital económica da Costa do Marfim, Abidjan, e que as pessoas identificadas estão em confinamento.
© Reuters
Mundo Ébola
O caso da febre hemorrágica de Ébola foi detetado no sábado em Abidjan, numa jovem guineense de 18 anos, que chegou à Costa do Marfim a 11 de agosto proveniente da cidade guineense de Labé, no norte do país, depois de viajar mais de 1.500 quilómetros por estrada.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que é "extremamente preocupante" que o caso tenha ocorrido em Abidjan, uma cidade que conta com mais de quatro milhões de pessoas, dois meses depois de ter sido anunciado o fim da epidemia de Ébola na Guiné-Conacri.
"Em Labé, foram identificados 58 contactos. A boa notícia é que, de momento, não mostraram quaisquer sintomas. Estão a ser bem seguidos", explicou o diretor-regional de saúde de Labé, Elhadj Mamadou Houdy Bah, à agência France-Presse (AFP).
De acordo com o responsável, o condutor do veículo que transportou a jovem guineense foi um dos casos de contacto registados.
O único centro dedicado para acolhimento destes contactos em Labé não pôde ser mobilizado, uma vez que está saturado com doentes infetados com Covid-19, pelo que os contactos foram colocados em confinamento domiciliar por um período de observação de 21 dias.
Na terça-feira, a OMS disse que foram identificados um caso suspeito e nove contactos, além da jovem guineense, que estão a ser monitorizados na Costa do Marfim.
A paciente está atualmente a ser tratada num hospital em Abidjan.
A Costa do Marfim iniciou esta segunda-feira a vacinação contra o vírus Ébola, tendo disponíveis 5.000 doses, sendo prioritários o "pessoal de saúde, familiares próximos da vítima e os seus contactos".
O caso é o primeiro na Costa do Marfim desde 1994.
A Guiné-Conacri registou recentemente um novo surto de Ébola, declarado extinto em junho.
O vírus do Ébola é transmitido por contacto direto com o sangue e fluidos corporais de pessoas ou animais infetados, causando hemorragia grave e tem uma taxa de mortalidade de 90%.
A pior epidemia desta doença conhecida no mundo foi declarada em março de 2014, com os primeiros casos que remontam a dezembro de 2013 na Guiné Conacri e que, posteriormente, se expandiu para Serra Leoa e Libéria.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) sinalizou o fim da epidemia em janeiro de 2016, depois de registar 11.300 mortes e mais de 28.500 casos, embora a agência da ONU tenha admitido que estes números podem ser conservadores diante da situação encontrada naqueles países africanos.
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