"A sentença do caso contra Paul Rusesabagina e dos seus co-acusados foi adiada para 20 de setembro de 2021", anunciou a autoridade judicial no Twitter.
A sentença do antigo hoteleiro e de outros 20 acusados estava prevista para hoje.
O Ministério Público ruandês pediu pena de prisão perpétua para Paul Rusesabagina, que enfrenta acusações de terrorismo num julgamento considerado injusto pela família.
Paul Rusesabagina, em tempos elogiado por ter salvado centenas de tutsis do genocídio de 1994, enquanto era gerente de um hotel, enfrenta acusações relacionadas com ataques de um grupo armado dentro do Ruanda em 2018 e 2019.
As acusações incluem formação de grupo armado irregular, pertença a um grupo terrorista e financiamento do terrorismo.
Rusesabagina, um cidadão belga e residente nos EUA, negou as acusações, argumentando que o seu caso é "politicamente motivado" e em resposta às críticas que fez ao Presidente do Ruanda, Paul Kagame.
O empresário alega que foi raptado no ano passado quando visitava o Dubai e levado para o Ruanda, onde foi acusado, mas um tribunal decidiu que não foi raptado quando foi enganado para embarcar num voo fretado.
O governo do Ruanda afirmou que Rusesabagina ia para o Burundi para coordenar com grupos armados sediados nesse país e no vizinho Congo.
Rusesabagina deixou de comparecer no tribunal em março, dizendo que não espera justiça depois de o seu pedido de adiamento do julgamento para preparar a sua defesa ter sido rejeitado.
O seu advogado, Felix Rudakemwa, afirmou que os documentos legais de Rusesabagina foram confiscados pelas autoridades prisionais.
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