"A vontade de Marrocos de manter esta via de exportação foi claramente afirmada de maneira constante, a todos os níveis, desde há mais de três anos", declarou a diretora-geral da Agência dos Hidrocarbonetos e das Minas, Amina Benkhadra, à agência noticiosa marroquina (MAP).
Esta vontade "tem sido expressa, verbalmente e por escrito, publicamente e em conversas privadas, sempre com a mesma clareza e a mesma constância", reforçou, rejeitando assim com os rumores segundo os quais Marrocos tinha pretendido impedir a renovação do contrato sobre o gasoduto, que liga, desde 1996, Argélia a Espanha.
Estas declarações foram feitas antes de a Argélia ter decidido "rever" as suas relações com Marrocos, acusado de estar envolvido nos incêndios que provocaram pelo menos 90 mortes no norte argelino.
As relações entre Rabat e Argel são tensas há décadas, devido ao apoio da Argélia à Frente Polisário, que reclama um referendo de autodeterminação no território disputado do Sara Ocidental, enquanto Marrocos propõe um plano de autonomia sob a sua soberania.
No início de agosto, o rei de Marrocos, Mohammed VI, tinha convidado o presidente argelino "a fazer prevalecer a sabedoria" e "trabalhar em uníssono no desenvolvimento das relações" entre os dois países.
O monarca tinha também reiterado o seu apelo à reabertura das fronteiras entre os dois Estados, fechadas desde 1994, por iniciativa da Argélia.
Há mais de 10 dias, Marrocos tinha-se prontificado a ajudar o seu vizinho, "se este estivesse de acordo", na luta contra os incêndios.
Leia Também: Marrocos quer iniciar "etapa sem precedentes" nas relações com Espanha