Os números mais atuais apontam que o território, onde vivem cerca de dois milhões de pessoas e controlado pelo movimento islamita Hamas desde 2007, está a registar mais de 600 novos casos diários da doença covid-19.
A subida de contágios começou há 10 dias e no domingo foram diagnosticados 663 novos casos, o número mais alto desde o início de maio.
Em julho, a média diária de novas infeções rondava os 100.
Nos últimos dias, o território palestiniano, sob bloqueio israelita há mais de uma década, tem registado taxas de positividade acima dos 25%.
Perante a rápida progressão de casos associados à variante Delta, identificada como mais transmissível e mais resistente, as autoridades sanitárias da Faixa de Gaza decidiram avançar com várias medidas.
O porta-voz do Ministério da Saúde local, Ashraf al Qedra, anunciou hoje que as visitas a doentes nos hospitais passam a estar proibidas, salvo casos de caráter excecional, e que todos os funcionários de ministérios e de agências governamentais serão obrigados a tomar a vacina contra a covid-19.
O mesmo representante instou a população de Gaza a aderir à vacina anti-covid-19, anunciando o início de uma campanha de incentivo à vacinação, vocacionada especialmente para os idosos.
Atualmente, a Faixa de Gaza contabiliza mais de 5.300 casos ativos da doença covid-19 e conta apenas com 135.000 pessoas vacinadas.
A covid-19 provocou pelo menos 4.430.846 mortes em todo o mundo, entre mais de 211,7 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.
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