Os comentários do porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros Zhao Lijian foram os primeiros de Pequim sobre os atentados suicidas.
Zhao disse que nenhum chinês foi morto ou ferido nos ataques de quinta-feira e que a China aconselhou os seus cidadãos no país a "reforçarem as precauções de segurança".
"Enquanto isso, solicitamos às partes relevantes que tomem medidas para garantir a segurança do pessoal chinês", apelou Zhao, em conferência de imprensa.
A China manteve aberta a embaixada em Cabul, onde o embaixador chinês reuniu recentemente com os talibãs.
Nos últimos dias, Pequim criticou duramente os Estados Unidos pelas cenas caóticas no aeroporto de Cabul.
Zhao também reiterou as preocupações da China sobre o que diz ser uma ameaça à sua segurança, constituída pelo Movimento Islâmico do Turquestão Oriental, cuja capacidade de organizar operações anti-China há muito é questionada.
"O chefe dos talibãs deixou claro para a China que nunca permitirá que nenhuma força use o território afegão para desenvolver operações prejudiciais à China", disse Zhao.
"Esperamos que as partes relevantes tomem medidas eficazes para garantir uma transição suave no Afeganistão e a segurança do povo afegão e dos cidadãos estrangeiros que residem no país", disse.
A China não anunciou qualquer plano de grande escala para retirar os seus cidadãos do país ou despachou pessoal para ajudar no esforço de manter a segurança no aeroporto.
Os ataques suicidas de quinta-feira em Cabul foram reivindicados pelo grupo Estado Islâmico da Província de Khorasan (ISKP, na sigla em inglês) e provocou pelo menos 95 mortos e 150 feridos.
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