Numa declaração conjunta subscrita por 97 nações, pelo secretário-geral da NATO e pelo representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, divulgada hoje pelo Departamento de Estado norte-americano, é afirmado o seu compromisso em garantir que os seus cidadãos, funcionários e afegãos que consigo trabalharam "possam continuar a viajar livremente para destinos fora do Afeganistão".
Salientam que receberam " garantias por parte dos talibãs" no sentido de qualquer afegão com "autorização de viagem" emitida por qualquer um dos países signatários poder aceder "segura e ordeiramente" a pontos de partida fora do Afeganistão.
"Temos a expectativa e o compromisso dos talibãs de que [pessoas com autorização de viagem] possam viajar para os nossos respetivos países. Notamos as declarações públicas dos talibãs a confirmar este acordo", referem.
Os Estados Unidos abrandaram hoje o ritmo de retirada de pessoas do Afeganistão, com 2.900 pessoas retiradas do aeroporto da capital, Cabul, menos de metade do número de sábado e menos de um quarto do que se verificou na sexta-feira.
As pessoas foram retiradas em 32 aviões norte-americanos e em nove aeronaves da coligação internacional.
No sábado, o Pentágono declarou que tinha começado a fase final da retirada do Afeganistão, com saída de material militar e início da retirada de cerca de cinco mil militares norte-americanos que ainda estavam no aeroporto de Cabul.
Os voos continuam a suceder-se apesar de os norte-americanos estarem em alerta máximo para a possibilidade de se repetirem atentados como o que o grupo terrorista Estado Islâmico levou a cabo na quinta-feira num acesso ao aeroporto, em que morreram pelo menos 170 pessoas.
Segundo a Casa Branca, os Estados Unidos retiraram do Afeganistão 114 mil pessoas desde 14 de agosto.
No dia 15, os talibãs entraram em Cabul sem resistência, depois de terem controlado praticamente todas as províncias do país, levando o presidente afegão, Ashraf Ghani, a fugir do país.
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