Europa deve "proteger-se" do "risco terrorista" dos migrantes afegãos

A Europa, que vai ver uma "pressão migratória progressiva" com o exílio de afegãos em fuga do regime talibã, deve proteger-se do "risco terrorista", defendeu hoje o chefe da Frontex, a agência europeia de vigilância de fronteiras.

Notícia

© Reuters

Lusa
31/08/2021 19:24 ‧ 31/08/2021 por Lusa

Mundo

Afeganistão

 

Após uma reunião dos 27 ministros do Interior da União Europeia sobre o Afeganistão, Fabrice Leggeri disse à RTL que "foram aprendidas lições da crise de 2015", quando a guerra na Síria gerou um influxo de migrantes para a Europa.

"Temos um bom compromisso entre, por um lado, a necessidade moral e humanitária de proteger o povo afegão e, por outro, a necessidade de proteger as nossas fronteiras externas da União Europeia contra a chegada de pessoas que seriam migrantes económicos e também pessoas que ameaçam a segurança interna da Europa e, em particular, aqueles que estariam ligadas a movimentos terroristas", explicou.

Como o próximo êxodo de afegãos, estimado em 500.000 pelas Nações Unidas, "há o risco terrorista que será particularmente importante", insistiu o direto da agência de fronteiras e guarda costeira, responsável pela luta contra a imigração ilegal às portas da Europa.

Em comparação com o súbito afluxo maciço de migrantes em 2015, pode-se "pensar que desta vez haverá uma pressão migratória gradual", disse Frabice Leggeri, que assistiu a uma reunião em Bruxelas na qual os europeus estavam a tentar encontrar um consenso para harmonizar os critérios de acolhimento dos afegãos.

Os talibãs conquistaram Cabul em 15 de agosto, concluindo uma ofensiva iniciada em maio, quando começou a retirada das forças militares norte-americanas e da NATO.

As forças internacionais estavam no país desde 2001, no âmbito da ofensiva liderada pelos Estados Unidos contra o regime extremista (1996-2001), que acolhia no território o líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, principal responsável pelos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.

A tomada da capital pôs fim a uma presença militar estrangeira de 20 anos no Afeganistão, dos Estados Unidos e aliados na NATO, incluindo Portugal.

Leia Também: Afeganistão. Talibãs atacam Panshir, o último bastião que resiste

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas