O juiz sul-africano Piet Koen decidiu, no final de uma sessão por videoconferência, adiar o caso para 21 e 22 de setembro, sublinhando que a audição do mesmo será em "tribunal aberto".
"O caso foi adiado na ausência do primeiro acusado e dos representantes do segundo acusado para as 10 horas [hora local] nos dias 21 e 22 de setembro de 2021 em tribunal aberto em Pietermaritzburg", declarou o juiz sul-africano.
De acordo com o juiz, as partes concordaram num calendário para apresentação de declarações juramentadas sobre o relatório médico relacionado com a condição de saúde de Zuma, que permanece num hospital militar após um procedimento médico desconhecido.
O Departamento de Serviços Prisionais colocou, em 05 de setembro, o antigo Presidente da África do Sul em liberdade condicional, por "razões clínicas".
Jacob Zuma, 79 anos, está hospitalizado desde 06 de agosto fora da prisão onde estava a cumprir uma pena de 15 meses, a cerca de 150 quilómetros da sua residência em Nkandla, Kwazulu-Natal, a província mais atingida pelos violentos tumultos e saques que eclodiram em julho após o seu encarceramento, provocando mais de 330 mortos no país.
O antigo chefe de Estado foi preso em 08 de julho por desacato a uma ordem do Tribunal Constitucional para comparecer perante uma comissão de inquérito sobre corrupção no período em que foi Presidente, entre 2009 e 2018.
Zuma enfrenta várias acusações de fraude, extorsão, lavagem de dinheiro e corrupção num caso de 20 anos relacionado com a compra de armamento militar pelo Estado sul-africano a várias empresas de armamento europeias, em 1999, quando exercia o cargo de vice-Presidente do país no mandato do ex-Presidente Thabo Mbeki.
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