"Nos últimos três dias, mais de 250 estrangeiros, incluindo dezenas de cidadãos norte-americanos e residentes permanentes [nos Estados Unidos], saíram sem problemas de Cabul em voos [da companhia aérea] do Qatar. Isto é positivo", escreveu Khalilzad na rede social Twitter, no dia em que se assinala o 20.º aniversário dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001.
O enviado norte-americano reconheceu a "cooperação dos talibãs neste esforço importante", bem como a ajuda do Qatar na hora de facilitar os voos.
"Continuaremos a trabalhar com o Governo do Qatar, com os talibãs e outros para garantir a saída em segurança dos nossos cidadãos, outros estrangeiros e os afegãos que desejem partir", terminou Khalilzad.
Desde o fim das operações de retirada, a 30 de agosto, o primeiro voo "regular" do aeroporto de Cabul com estrangeiros a bordo partiu na quinta-feira para a capital do Qatar, depois de o Governo provisório dos talibãs ter dado "luz verde" para o transporte de cerca de 200 norte-americanos e outros estrangeiros.
Vários países árabes do Golfo Pérsico, todos aliados dos Estados Unidos, receberam temporariamente milhares de afegãos retirados do país ou serviram de trânsito para cidadãos ocidentais.
Além disso, uma delegação do Qatar está em Cabul desde o fim da retirada dos Estados Unidos para ajudar a operar o aeroporto da capital afegã, enquanto vários países da região fretam voos com ajuda humanitária para o Afeganistão desde o final da semana passada.
Os talibãs assumiram o controlo de Cabul a 15 de agosto, após a retirada final das tropas dos Estados unidos e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).
O novo governo interino talibã, anunciado a meio da semana, tem recebido críticas da comunidade internacional por ser composto apenas por membros da força fundamentalista, sem mulheres.
Por outro lado, mais de uma dúzia de membros do novo gabinete estão na "lista negra" de terroristas do Conselho de Segurança da ONU, muitos deles com mandados de prisão de agências dos Estados Unidos.
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