Na capital tailandesa, duas cooperativas de táxis decidiram pôr mãos à obra e transformar os carros, parados por força da Covid-19, em hortas. As plantações - no mínimo originais - não garantem um salário, mas ajudam a alimentar a família dos trabalhadores afetados financeiramente por causa da pandemia.
As cooperativas em causa -Ratchapruk e Bovorn Taxi - têm apenas 500 carros a circular nas ruas de Banguecoque, sendo que 2.500 estão parados em vários pontos da cidade, disse o executivo Thapakorn Assawalertkul, de 54 anos, à Associated Press.
Como em todo o mundo, o confinamento e o isolamento social tiveram um impacto forte em países como a Tailândia, em que o turismo é uma atividade preponderante. Houve, naturalmente, uma quebra abruta de clientes, o que levou muitos taxistas a abandonar a profissão. Não podendo pagar o aluguer dos carros, os trabalhadores foram obrigados a deixá-los para trás e mudar de vida. Milhares de viaturas foram entregues.
As hortas plantadas nos táxis não oferecem um salário alternativo, mas ajudam a alimentar os funcionários das cooperativas. São quer "um ato de protesto", como "uma forma de alimentar a minha equipa durante este período difícil", frisou Thapakorn, queixando-se da falta de apoios governamentais
Depois de as infeções na Tailândia terem atingido um pico em meados de agosto, com 23.400 novos casos, o governo espera agora que o país esteja já a recuperar desta onda. No total, a Tailândia confirmou 1,4 milhão de casos e mais de 14 mil mortes.
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