Austrália promete respeitar lei internacional face a críticas da China

A Austrália prometeu hoje respeitar a lei internacional nos espaços aéreos e marítimos reivindicados pela China, depois de Pequim ter criticado Camberra, na quinta-feira, pela compra de submarinos nucleares dos Estados Unidos.

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Lusa
17/09/2021 10:29 ‧ 17/09/2021 por Lusa

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Austrália

A China tem um "programa de construção de submarinos nucleares muito importante", disse o primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, numa entrevista hoje à rádio 2GB.

"Eles têm o direito de tomar as decisões de defesa que considerem necessárias aos seus próprios interesses e, claro, a Austrália e todos os outros países também o têm", respondeu Morrison às críticas de Pequim.

A China reagiu fortemente, qualificando a aquisição desses submarinos nucleares como "extremamente irresponsável", ameaçando em particular a estabilidade na região do Indo-Pacífico.

Pequim também questionou os esforços internacionais de não proliferação nuclear. Segundo os chineses, os aliados ocidentais correm o risco de "dar um tiro no próprio pé".

Os Estados Unidos, Austrália e Reino Unido anunciaram na quarta-feira um pacto de Defesa destinado a enfrentar a República Popular da China na região Indo-Pacífico, que inclui a compra pela Austrália de submarinos nucleares norte-americanos.

O pacto AUKUS (iniciais em inglês dos três países anglo-saxónicos) tem como objetivo reforçar a cooperação trilateral em tecnologias avançadas de defesa, como a inteligência artificial, sistemas submarinos e vigilância a longa distância.

O chefe do Governo australiano declarou, em várias entrevistas, que o seu Governo estava a responder à situação atual na região da Ásia-Pacífico, onde os territórios são cada vez mais disputados e onde a rivalidade se intensifica.

A Austrália está "profundamente ciente" da capacidade dos submarinos nucleares chineses e dos crescentes gastos militares de Pequim, disse Morrison à televisão Channel Seven.

"Queremos ter certeza de que as águas internacionais continuem a ser internacionais, assim como o espaço aéreo, e que o Estado de Direito se aplique da mesma forma em todos os lugares", disse o primeiro-ministro australiano.

Camberra quer garantir que não haja "zonas proibidas" em áreas regidas pelo direito internacional, disse Morrison.

"Trata-se de um compromisso muito importante, não apenas hoje, mas sempre. (...) É uma parceria [com Reino Unido e EUA] que permitirá à Austrália garantir a sua segurança no futuro", indicou.

Morrison também disse que esta aliança de defesa foi "bem recebida" pelos líderes do Japão, Índia, Singapura, Nova Zelândia, Fiji e Papua Nova Guiné, países com os quais esteve em contacto.

Leia Também: França cancela festa após pacto entre Reino Unido, EUA e Austrália

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