A AL, entre 2021 e 2025, será composta por 33 deputados, de entre os quais 14 deputados eleitos por sufrágio direto, 12 por sufrágio indireto e sete outros nomeados pelo chefe do executivo.
Os sete nomeados são Ma Chi Seng, Iau Teng Pio, Pang Chuan, Wu Chou Kit, Kou Kam Fai, Chan Hou Seng e Cheung Kin Chung.
No dia das eleições, a 12 de setembto, Ho Iat Seng afirmou que, após serem conhecidos os resultados, iria nomear deputados capazes de dar voz a setores que não tivessem ficado representados no parlamento local.
A Associação dos Cidadãos Unidos de Macau foi a lista mais votada em sufrágio direto, enquanto a lista encabeçada pelo único candidato português a ser eleito deputado, José Pereira Coutinho, tornou-se na terceira força na AL.
As eleições para o parlamento local ficaram marcadas por uma abstenção recorde (a taxa de afluência ficou-se pelos 42,38%) e pela exclusão do campo pró-democracia.
A comissão que gere as eleições excluiu cinco listas e 20 candidatos, 15 dos quais associados ao campo pró-democracia, por "não defenderem a Lei Básica da RAEM [Região Administrativa Especial de Macau]" e não serem "fiéis à RAEM".
A exclusão mereceu reparos da União Europeia e dos Estados Unidos, e foi abordada numa videoconferência entre os ministros dos Negócios Estrangeiros de Portugal e da China, em julho, com Lisboa a alertar Pequim para a "importância da Lei Básica no processo de transição" de Macau.
A transferência da administração de Macau de Portugal para a China ocorreu no final de 1999.
A Lei Básica, que deverá estar em vigor até 2049, período em que finda o período de transição, define que "os residentes de Macau gozam da liberdade de expressão, de imprensa, de edição, de associação, de reunião, de desfile e de manifestação".
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