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"Necessário para segurança". Talibãs vão praticar execuções e amputações

Garantia foi dada por Mullah Nooruddin Turabi, um dos fundadores do movimento e atual ministro do governo talibã do Afeganistão. "Cortar as mãos é muito necessário para a segurança", considerou em entrevista à AP.

"Necessário para segurança". Talibãs vão praticar execuções e amputações
Notícias ao Minuto

16:52 - 24/09/21 por Notícias ao Minuto

Mundo Afeganistão

Os talibãs vão voltar a recuperar as práticas de execuções e amputações de mãos para castigar os criminosos. A garantia foi dada por Mullah Nooruddin Turabi, um dos fundadores do movimento talibã, que afirmou ainda que estes atos "talvez" venham a ser perpetrados "em público". 

Em entrevista à Associated Press, Turabi, também ministro do atual governo talibã no Afeganistão, considerou que "cortar as mãos é muito necessário para a segurança".

E mostrou-se despreocupado com a indignação internacional às execuções do passado, que ocorreram em frente a multidões.

"Todos nos criticaram pelas punições no estádio, mas nunca dissemos nada sobre as leis e punições [dos outros países]. Ninguém nos vai dizer quais devem ser as nossas leis. Seguiremos o Islão e faremos as nossas leis [com base] no Alcorão", vincou à agência de notícias norte-americana, a partir de Cabul. 

Os talibãs nomearam, no passado dia 21, vários ministros, completando a formação do Governo que não inclui qualquer ministra ou um ministério feminino. A lista de ministros indica que os talibãs não foram influenciados pelas críticas internacionais e que estão a aplicar uma linha dura, apesar das promessas iniciais de inclusão e defesa dos direitos das mulheres.

De recordar que os talibãs conquistaram Cabul em 15 de agosto, concluindo uma ofensiva iniciada em maio, quando começou a retirada das forças militares norte-americanas e da NATO, que se encontravam no país desde 2001, na sequência do combate à Al-Qaida após os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.

Leia Também: OMS alerta para o colapso dos sistemas de saúde do Líbano e Afeganistão

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