"As manobras que devem começar na sexta-feira vão envolver unidades blindadas, e ainda de artilharia e de drones, para além de helicópteros militares", precisou o comandante doas forças terrestres do exército, general Kioumars Heydari, citado pela agência oficial Irna.
"Trata-se de "exercícios de preparação ao combate das forças terrestres nesta região", acrescentou, sem fornecer mais detalhes sobre a duração das manobras.
Na segunda-feira, no decurso de uma entrevista com a agência noticiosa turca Anadolu, o Presidente azeri, Ilham Aliev manifestou alguma apreensão pelas manobras militares iranianas.
"Cada país pode efetuar os exercícios militares que entender no seu próprio território. É o seu direito soberano", declarou Aliev. "Mas por que motivo agora, e junto à nossa fronteira?".
Numa reação a estas declarações, o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Said Khatibzadeh, afirmou na quarta-feira que o Irão vai "adotar todas as medidas que considere necessárias para a sua segurança nacional".
Acrescentou ainda que "o Irão não tolerará a presença do regime sionista [Israel] junto às suas fronteiras", numa alusão às boas relações entre o Azerbaijão e Israel, um país inimigo do Irão.
O Azerbaijão, que em setembro de 2020 se envolveu numa guerra de seis semanas com a Arménia, tem reforçado nos últimos anos o seu arsenal militar, designadamente através da compra de diversos tipos de armamento ao Estado judaico.
O Irão e o Azerbaijão partilham uma fronteira de 700 quilómetros e no geral têm mantido boas relações. Cerca de 10 milhões de pessoas de língua azeri vivem no Irão.
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