Nova Zelândia abandona a estratégia de eliminação total da Covid-19
A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, anunciou hoje que vai mudar a estratégia de eliminação total da covid-19 para um novo modelo que tem em conta as taxas de vacinação para flexibilizar as restrições à circulação.
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Mundo Covid-19
"A eliminação foi importante porque não tínhamos vacinas. Agora sim, para que possamos começar a mudar a forma como fazemos as coisas. Temos mais opções e temos boas razões para estar otimistas quanto ao futuro, mas não podemos apressar as coisas", disse Jacinda Ardern numa conferência de imprensa.
Ardern salientou que, apesar desta mudança, ainda é necessário "conter e controlar o vírus tanto quanto possível" para esta transição.
"As vacinas significam que no futuro podemos fazer as coisas de forma diferente, mas mesmo assim, a nossa estratégia mantém-se: enquanto os casos continuarem, queremos controlar o vírus, acabar com os casos e prevenir as admissões hospitalares. Com as vacinas temos mais opções", frisou.
Esta é a primeira vez que o Governo da Nova Zelândia reconhece publicamente que está a abandonar a sua estratégia de eliminação total do coronavírus, o que lhe valeu o reconhecimento como o país mais bem-sucedido na luta contra a pandemia, com apenas 4.352 infeções e 27 mortes até agora.
Contudo, as autoridades não conseguiram controlar o surto que afetou a cidade de Auckland em agosto, o pior desde o início da pandemia com 1.314 infeções, apesar do confinamento rigoroso que está em vigor há sete semanas na cidade.
A responsável anunciou ainda que as restrições na cidade seriam aliviadas por fases, com grupos de até 10 pessoas de até duas famílias diferentes autorizadas a reunir-se nas ruas a partir da meia-noite de terça-feira e com a reabertura de centros de educação infantil.
Ardern disse que os confinamentos rigorosos poderiam terminar quando 90 por cento da população elegível para a vacina tiver o regime completo, um número que ainda está muito longe num país onde apenas 46% dos maiores de 12 anos receberam ambas as doses e 76% têm pelo menos uma.
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