Nos EUA, mais de 140 mil crianças ficaram órfãs por causa da Covid-19
Organizações norte-americanas chamam a atenção para a orfandade como "uma tragédia secundária escondida e a ainda a decorrer por causa da pandemia de Covid-19".
© REUTERS/Rodrigo Garrido
Mundo EUA
Nos Estados Unidos, mais de 140 mil crianças perderam o único responsável pelo seu cuidado (o pai, a mãe ou um dos avós) por causa da Covid-19, de acordo com informação revelada na semana passada pelo Centro de Prevenção e Controlo de Doenças (CDC).
Durante os 15 meses da pandemia de Covid-19 no país, 120.630 crianças perderam o seu cuidador principal por causa de doença associada à Covid-19. Adicionalmente, 22.007 crianças perderam cuidadores secundários, totalizando 142.637 crianças que perderam cuidadores, indica o estudo.
Trata-se de uma em cada 500 crianças norte-americanas, sendo que as mais afetadas foram as racializadas ou de minorias étnicas, segundo a mesma agência governamental.
Os dados do Centro Nacional para Estatísticas de Saúde mostraram que, em junho, 65% das crianças que perderam o cuidador principal eram racializadas ou de minorias étnicas, embora as minorias constituam apenas 39% da população dos Estados Unidos.
"Os dados revelam a orfandade como uma tragédia secundária escondida e a ainda a decorrer por causa da pandemia de Covid-19. Enfatizam que a identificação e o cuidado com estas crianças ao longo do seu desenvolvimento é uma parte urgente e necessária da resposta pandémica - tanto enquanto a pandemia durar como na era pós-pandemia", acrescentou o Instituto Nacional de Abuso de Drogas, que participou no estudo.
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