O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, visita hoje a ilha pela quarta vez desde o início da erupção e deverá apresentar novas medidas de apoio aos afetados.
Segundo as medições do sistema de satélites europeu Copernicus, a lava ocupa 656 hectares e já afetou 1.541 construções, das quais 1.458 foram destruídas.
A lava continua a fluir a partir do último caudal de lava aberto a norte do vulcão principal, que até agora destruiu uma zona industrial em Los Llanos e forçou a retirada de 800 pessoas em La Laguna.
O último relatório do Departamento de Segurança Nacional espanhol (DSN) indica que o fluxo de lava está a mudar nas últimas horas em consequência da derrocada do cone do vulcão, que ocorreu no sábado passado.
Para além do novo fluxo de lava para norte, existem duas outras línguas de magma, de acordo com o DSN: a original, que quase não tem saída de lava, e outra localizada mais a sul, que pode colocar em risco novas construções dentro do perímetro de segurança.
Nas últimas horas, as condições meteorológicas favoreceram uma melhoria da qualidade do ar, de modo que na terça-feira foi possível levantar o confinamento decretado na segunda-feira, o que afetou 3.500 pessoas.
Esta manhã, os aeroportos das Ilhas Canárias permaneceram abertos, embora as companhias aéreas tenham cancelado as operações para La Palma.
A altura das emissões de cinzas atingiu os 3.500 metros e estas deslocam-se do oeste, virando para leste e sul, segundo o relatório da DSN, que também indica que o tremor vulcânico aumentou, o que poderia revelar um maior conteúdo de gás no magma que sai do centro da erupção.
O Instituto Nacional Geográfico espanhol (ING) localizou 20 sismos até às 07:07 de hoje (a mesma hora em Lisboa), 16 dos quais no município de Fuencaliente e o resto no município de Mazo, onde o último ocorreu esta manhã, a uma profundidade de 12 quilómetros e com uma magnitude de 3,1.
O maior dos 20 sismos registados nas últimas horas teve uma magnitude de 3,9 e ocorreu a uma profundidade de 37 quilómetros.
A lava do vulcão de La Palma cobre 656 hectares e afetou 1.541 edifícios no seu caminho, dos quais 1.458 foram destruídos, de acordo com as medições do sistema europeu de satélites Copernicus.
A erupção, que começou a 19 de setembro último, afetou 52,1 quilómetros de estradas, 49 quilómetros das quais foram destruídas.
As autoridades locais da ilha de La Palma informaram hoje que as pessoas retiradas das zonas em que se encontram as correntes de lava com propriedades fora do perímetro de segurança estabelecido terão acesso a partir do sul para recolher roupas e pertences.
Além disso, os agricultores da zona poderão irrigar e cortar fruta desde que tenham arranjado tempo e acesso com a sua coletividade de irrigação.
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