De acordo com analistas, o lançamento poderá ter sido efetuado a partir de uma plataforma submersa ou mesmo de um submarino.
O "míssil balístico não identificado" foi lançado de Sinpo para o mar a leste da península coreana, de acordo com um comunicado do Estado-Maior Interarmas sul-coreano.
"Os serviços de informações sul-coreanos e norte-americanos estão a efetuar uma análise minuciosa para obter pormenores adicionais", acrescentou.
Sinpo é uma localidade portuária no leste da Coreia do Norte e onde se encontra um importante estaleiro naval. Imagens obtidas por satélite mostraram a presença de submarinos no local.
Dotada de armas nucleares, a Coreia do Norte tem efetuado recentemente vários testes de armamento, nomeadamente com um míssil de longo alcance, disparado a partir de um comboio, e com um míssil que Pyongyang identificou como hipersónico.
Sob a liderança de Kim Jong-un, o país reforçou o arsenal militar e efetuou vários progressos, apesar das sanções internacionais em vigor devido aos programas de armamento nuclear e de mísseis balísticos.
Na semana passada, o dirigente norte-coreano responsabilizou os Estados Unidos pela tensão na península coreana e afirmou que Washington é a "causa profunda" da instabilidade na região.
Este teste aconteceu na mesma altura em que o representante especial do Presidente norte-americano, Joe Biden, para a Coreia do Norte apelou novamente para o reinício das conversações bilaterais.
"Continuamos a seguir a via diplomática com a Coreia do Norte para efetuar progressos que melhorem a segurança dos Estados Unidos e dos nossos aliados", afirmou na segunda-feira Sung Kim, no final de um encontro com o homólogo norte-coreano Noh Kyu-duk, em Washington.
"Não temos qualquer intenção hostil em relação à Coreia do Norte e esperamos realizar um encontro" sem condições prévias, declarou à imprensa.
Em 2018, Kim Jong-un foi o primeiro dirigente norte-coreano a reunir-se com um Presidente norte-americano em funções. Mas as conversações fracassaram na segunda cimeira com Donald Trump, em Hanoi, em 2019, por não ter sido possível um acordo para um levantamento das sanções contra o regime, bem como em relação às concessões apresentadas por Pyongyang em relação aos programas nuclear e de mísseis balísticas.
Washington tem manifestado, em diferentes ocasiões, vontade de se reunir com representantes norte-coreanos, em qualquer momento e em qualquer lugar, sem condições prévias.
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