"O que vemos agora é que o governo dos EUA está firmemente comprometido em reconstruir e fortalecer alianças, particularmente entre a Europa e a América do Norte", sublinhou Stoltenberg, durante uma conferência de imprensa antes de uma reunião de ministros da Defesa aliados, que se realiza em Bruxelas, na quinta e na sexta-feira.
O secretário-geral considerou que "essa foi a mensagem do Presidente dos EUA na cimeira da NATO, em junho", ou quando se encontrou com Joe Biden na Casa Branca há algumas semanas, dizendo que espera que seja essa também a "mensagem clara do secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin", que estará presente na reunião de Bruxelas.
Para Stoltenberg, esta é uma "oportunidade histórica".
"Todos devemos aproveitar, para fortalecer a cooperação, o elo entre a América do Norte e a Europa dentro da NATO", acrescentou.
Na opinião do secretário-geral da NATO, "a boa notícia" é que se está "a fazer mais juntos" e que os europeus e o Canadá "aumentaram significativamente os seus gastos com Defesa" nos últimos anos, embora reconheça que, "nas últimas semanas" se apresentaram "questões difíceis" que revelaram "algumas diferenças entre os aliados".
No que diz respeito à aliança de Defesa entre os Estados Unidos, o Reino Unido e a Austrália -- que levou Camberra a anular uma compra de submarinos convencionais a França -- o secretário-geral da NATO deixou claro que essa iniciativa "não é dirigida contra a NATO ou contra a Europa" e que a sua responsabilidade é evitar que "este assunto crie divisões entre aliados, entre a América do Norte e a Europa".
O secretário-geral da NATO lembrou ainda que os aliados concordaram, em junho passado, "em trabalhar mais estreitamente com parceiros da região Indo-Pacífico", como Nova Zelândia, Austrália, Japão ou Coreia do Sul.
"Começamos a trabalhar com eles no setor digital e há outras questões de segurança marítima e outras áreas em que devemos trabalhar mais de perto com esses parceiros", acrescentou Stoltenberg.
Leia Também: Secretário-geral da NATO saúda atribuição de Prémio Sakharov a Navalny