A sublinhagem da variante Delta conhecida como Delta AY.4.2 foi designada como Variante Sob Investigação (VUI, na sigla em inglês) pela Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido (UKHSA, na sigla em inglês) na quarta-feira.
"A designação foi feita com base no facto de que a sublinhagem se ter tornado cada vez mais comum no Reino Unido nos últimos meses, e há alguns sinais iniciais de que ela pode ter uma taxa de crescimento maior", indicou a UKHSA.
A instituição afirma que o genoma da sublinhagem não tem muitas mutações em relação à variante Delta, "no entanto, uma pequena alteração pode ser suficiente para causar uma diferença nas propriedades do vírus em algumas circunstâncias".
A variante Delta original continua a ser dominante no Reino Unido, representando aproximadamente 99,8% de todos os casos.
Até 20 de outubro, foram identificados 15.120 casos da sublinhagem, que na última semana foi responsável por aproximadamente 6% de todos os casos de Delta.
O diretor do Instituto de Genética da universidade University College London, Francois Balloux, disse à BBC esta semana que a AY.4.2 é "possível que seja até 10% mais contagiosa" do que a variante Delta.
O agravamento do número de infeções no Reino Unido tem levado as autoridades a enfatizar nos últimos dias a necessidade de os maiores de 50 anos e outras pessoas clinicamente vulneráveis receberam a terceira dose de vacina para reforçar a imunidade.
Nas passadas 24 horas foram administradas 75.560 vacinas no país.
Até agora, 86,3% da população britânica com mais de 12 anos foi imunizada com uma primeira dose e 79,1% recebeu duas doses.
Na quinta-feira, o Reino Unido tinha registado 52.009 casos, o valor mais alto desde o início de janeiro, e 115 mortes.
Nos últimos sete dias, entre 16 e 22 de outubro, a média diária foi de 135 mortes e 47.415 casos, o que corresponde a uma subida de 15,8% no número de mortes e de 18,1% no número de infeções relativamente aos sete dias anteriores.
Desde o início da pandemia, foram notificados 139.326 óbitos de covid-19.
A média diária de hospitalizações foi de 937 entre 12 e 18 de outubro, uma subida de 19,1% face aos sete dias anteriores.
A covid-19 provocou pelo menos 4.926.579 mortes em todo o mundo, entre mais de 242,39 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.125 pessoas e foram contabilizados 1.083.651 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
Leia Também: Covid-19. Reino Unido volta a reportar menos de 50 mil casos diários