"Trata-se de um investimento muito útil, somos ilhas, um arquipélago, temos uma vasta zona económica exclusiva, que precisamos de certa forma ter apoios internacionais para que possamos combater o tráfico de drogas, lavagem de capitais e outros crimes", disse Joana Rosa.
A ministra falava à imprensa, na cidade da Praia, no âmbito da segunda fase de uma formação em análise de informação criminal, financiada pelos Estados Unidos da América (EUA), e destinada aos investigadores do Ministério Público, da Polícia Judiciária e da Polícia Nacional.
Além dos EUA, a governante disse que Cabo Verde tem contado com apoios do Escritório das Nações Unidas em Cabo Verde (ONUDC) e de vários outros parceiros estratégicos, tendo hoje polícias preparadas para o combate a esses crimes no território e na vasta área económica exclusiva.
"Vamos sempre otimizando esses apoios, essas parcerias, para que possamos dotar o país de capacidades de combate e prevenção, essencialmente a prevenção, e depois na repressão da criminalidade", apontou Joana Rosa.
A formação em análise de informação criminal é realizada no quadro do projeto de reforço das capacidades de investigação criminal dos serviços de aplicação da lei em Cabo Verde implementado pelo ONUDC e financiado pelo Governo dos Estados Unidos.
A coordenadora do UNUDC em Cabo Verde, Cristina Andrade, disse que a formação é de "extrema relevância" para consolidar os esforços das autoridades nacionais no combate aos crimes transacionais.
"Possibilitando, assim, um adequado sistema de produção e de gestão de informação e de conhecimento capaz de antecipar, prevenir e combater as situações de criminalidade e envolvendo crimes que contribuem para ameaçar todo o Estado de direito", referiu.
A primeira fase da formação foi realizada, 'online', em maio último, na qual participaram cerca de 30 investigadores do Ministério Público, da Polícia Judiciária e da Polícia Nacional de Cabo Verde.
Durante uma semana, esses investigadores vão ser dotados de conhecimentos básicos e compreensão dos elementos da informação criminal e de habilidades necessários para realizar tarefas de análise de informação criminal visando uma resposta pró-ativa ao crime.
A ação está ainda inserida no quadro do programa mundial Crimjust, que visa reforçar a investigação criminal e a cooperação criminal ao longo da rota da cocaína na América Latina, Caribe e África Ocidental.