De acordo com a Reuters, um funcionário sénior da ONU, sob anonimato, afirmou serem necessárias soluções políticas no Afeganistão, mencionando o alívio de sanções e sugerindo que governos e instituições liberem milhões de dólares em ativos afegãos mantidos no exterior.
A organização intergovernamental pretende combater a crise que se instalou desde que, em agosto, os talibã derrubaram o governo apoiado pelo Ocidente. Desde a sua tomada de posse que os Estados Unidos da América deixaram de doar dinheiro ao Afeganistão.
As Nações Unidas pretendem preencher essa lacuna e ajudar a ultrapassar as dificuldades que o povo afegão enfrenta. Uma das opções que o funcionário da ONU sugere é a utilização do Banco Internacional do Afeganistão. Porém, o mesmo funcionário confessou à Reuters que a organização está ciente de que as opções apresentadas não funcionarão e serão necessários outros meios para fazer chegar fundos monetários ao Afeganistão.
Esta semana, António Guterres, secretário-geral da ONU, enfatizou que "precisamos de trabalhar juntos para fazer a economia respirar novamente e ajudar as pessoas a sobreviver", acrescentando que "injetar liquidez na economia afegã pode ser feito sem violar as leis internacionais ou comprometer os princípios".
Guterres solicitou ao Fundo Monetário Internacional (FMI) que concordasse com isenções ou mecanismos para colocar dinheiro no Afeganistão. O FMI impediu ao governo talibã o acesso a cerca de 440 milhões de dólares em novas reservas de emergência. Parte dos 10 mil milhões de dólares do banco central afegão em ativos no exterior foram também congelados, a maior parte nos Estados Unidos. O Tesouro dos EUA informou que não há planos para liberar o dinheiro.
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