"Como instituição responsável pelas catástrofes, estamos atualmente no terreno, criámos um centro de comando de incidentes para ajudar a coordenar a gestão do incidente", disse Mohamed Lamrane Bah, diretor de comunicações da Agência de Gestão de Catástrofes da Serra Leoa, observando que o número de mortos pode aumentar devido ao estado crítico de alguns dos feridos.
Bah disse que os feridos foram transferidos para vários hospitais da capital e que os assistentes sociais e especialistas estavam a ajudar as vítimas.
Segundo o meio de comunicação local The Sierra Leone Telegraph, alguns residentes perto do local da explosão - que destruiu casas e outros veículos - saíram das suas casas depois da colisão dos veículos com baldes e bidões para recolher o combustível derramado.
Esta é uma prática comum em alguns países africanos que provoca um aumento do número de vítimas quando o camião acaba por explodir e que provocou em julho último 13 mortos no Quénia, que se aproximaram de um camião-cisterna acidentado para retirar combustível do veículo.
Mohamed Kamara, testemunha do acidente, disse à Efe que a colisão aconteceu por volta das 20:00 de sexta-feira (mesma hora em Lisboa) quando o camião-cisterna se preparava para reabastecer uma estação de serviço.
"De repente, um reboque atingiu o camião-cisterna e este explodiu", disse Kamara, observando que foi então que as pessoas começaram a chegar para recolher combustível.
"Como queriam obter o combustível, o motorista do camião-cisterna disse-lhes para se afastarem. O condutor correu para se salvar e todos os motociclistas que estavam perto do local morreram", acrescentou.
A presidente da Câmara de Freetown, Yvonne Aki-Sawyerr, disse hoje na sua conta do Facebook que estava "profundamente" entristecida com as notícias e enviou as suas condolências às famílias e entes queridos das vítimas.
"Os vídeos e fotografias que circulam nas redes sociais são chocantes", disse Aki-Sawyerr, observando que não podia estar no local pessoalmente, mas que a polícia e o vice-presidente da Câmara estavam a apoiar a Agência Nacional de Gestão de Catástrofes.
Entretanto, o Presidente da Serra Leoa, Julius Maada Bio, disse hoje que estava "profundamente chocado" e também enviou as suas condolências àqueles que perderam familiares, assegurando que o seu Governo "fará tudo o que estiver ao seu alcance para apoiar as famílias afetadas".
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