A posição do consulado surge dois dias depois de mais de uma dezena de filipinos ter sido conduzida à esquadra pela polícia, quando manifestava apoio a um dos candidatos às eleições presidenciais do próximo ano, Ferdinand "Bongbong" Marcos, filho do antigo ditador Ferdinand Marcos.
Segundo o jornal Hoje Macau, 16 filipinos foram levados para a esquadra no domingo, onde permaneceram até segunda-feira, por uma alegada violação do direito de reunião e manifestação, bem como pelo uso abusivo do símbolo da região administrativa especial chinesa na produção de materiais de promoção do candidato presidencial Ferdinand "Bongbong" Marcos.
As sanções para o uso abusivo de símbolos de Macau e a participação em manifestações ilegais vão desde a simples multa até à pena de prisão.
O consulado filipino lembrou que para se promover qualquer manifestação pública é necessário obter uma autorização das autoridades da região administrativa especial chinesa e pediu a "todos os filipinos em Macau para se absterem de participar" em manifestações ou outras atividades de cariz político ou partidário.
Em comunicado, publicado no 'site', o consulado recordou ainda que os filipinos devem cumprir a lei de Macau e que qualquer violação da mesma pode resultar na cessação do respetivo contrato trabalho e consequente cancelamento do visto que lhe permite permanecer no território.
Em Macau, os filipinos constituem a segunda maior comunidade entre os trabalhadores não residentes, contando com mais de 28 mil pessoas, segundo os últimos dados das autoridades.
As eleições presidenciais filipinas estão previstas para maio.
A vice-Presidente, Leni Robredo, Ferdinand "Bongbong" Marcos, a lenda do boxe Manny Pacquiao e o presidente da câmara de Manila, Francisco Domagoso, conhecido como Isko Moreno, são os candidatos conhecidos.
A grande favorita nas sondagens, Sara Duterte, filha do atual Presidente, ainda não confirmou a candidatura.
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